Filmes
Gothic

Estrelado por Gabriel Byrne, Natasha Richardson, Timothy Spall e Julian Sands, Gothic foi lançado em 1986 e dirigido por Ken Russell. Russell, que dirigiu filmes como Os Demônios, (1971),Viagens Alucinantes (1980) e A Maldição da Serpente (1988), ficou conhecido por dirigir e escrever histórias de terror um tanto quanto polêmicas e exageradas, sempre explorando bastante o sexo e o erotismo (muitas vezes de forma cômica). Mesmo contando com baixo orçamento seus filmes causavam bastante impacto, justamente por conta do exagero.

FICHA

"Gothic"
Título original:
"Gothic"
EUA - 1986, 87 minutos.

Elenco:
Gabriel Byrne - Byron
Julian Sands - Shelley
Natasha Richardson - Mary Shelley
Myriam Cyr - Claire Clairmont
Timothy Spall - Dr. Polidori
Alec Mangov - Murray
Andreas Wisniewski - Fletcher

Diretor: Ken Russell
Escritores: Lord Byron, Percy Bysshe Shelley e Stephen Volk
Produtores: Al Clark, Penny Corke, Robert Devereux e Robert Fox
Música: Thomas Dolby
Editor: Michael Bradsell
Diretor de Arte: Michael Buchanan


Distribuidora:
Virgin Vision
Gênero:
Terror

Além disso, Thomas Dolby foi o responsável pela trilha sonora. Por isso já se pode afirmar que é excelente.

Primeiro filme a desempenhar papel significativo, Natasha Richardson interpreta a personagem principal, Mary Shelley, enquanto Gabriel Byrne interpreta o excêntrico Lorde Byron.

Em forma de terror, o filme conta o que levou Mary Shelley a escrever o romance de terror mais conhecido no mundo, Frankenstein e o que levou John Polidori a escrever "O Vampiro", uma das primeiras histórias de vampiro a ser escrita. Inspirado pelas verdadeiras história de criação desses dois romances, o roteirista cria uma teoria fantasiosa de como a ideia surgiu na mente de seus autores.

Tudo começa quando Mary Shelley, seu futuro marido (o conhecido poeta Shelley) e sua meia-irmã Claire Clairmontdecidem passar uns dias na casa do mais influente poeta da época, Lorde Byron.

Byron, conhecido por seu gosto pelo sexo livre e seu grande apreço por histórias de terror, sugere aos seus convidados (entre eles o médico e escritor, e não menos excêntrico, John Polidori) que criem a mais horripilante história de terror e que para isso realizem uma espécie de ritual.
A partir de então passam a noite recitando contos de fantasmas e experimentando o sexo sem limites.

Esse conjunto de sensações e o clima sombrio causado pela noite fria e chuvosa traz a tona os maiores medos e os pensamentos mais ocultos de cada um. De Mary, sua frustração por perder seu primeiro filho ainda bebê e sua vontade de trazê-lo de volta a vida; de Shelley, suas indecisões amorosas e sua paixão pela ciência; de Claire, sua paixão por Byron e até mesmo sua fobia de ratos; de Byron, sua culpa por causar a morte de sua amada e sua relação incestuosa com sua meia-irmã; e de Polidori, seus desejos sexuais mais bizarros e ocultos.

Todos esses pensamentos conflitantes trazem a vida um ser invisível mas extremamente perturbadores.

Embora fictício, o filme faz referência a vários fatos reais. Como por exemplo, o "auto-exilio" de Lorde Byron e sua bissexualidade e a frustração de Mary Shelley causada pela perda de seu primeiro filho.

Embora não se possa classificar como um clássico do cinema, o filme conta com várias viagens bizarras e vale a pena assistir. Afinal de contas, certos acontecimentos na vida desses grandes escritores foram explicados de forma bem criativa.


Natascha Coelho

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