Lembranças
Disco de Vinil

Um marco das décadas de 1970 e principalmente da década de 1980 são os discos de vinil, esse que também é conhecido por alguns como LP. Muitos não sabem mas seu surgimento ocorreu no final da década de 1940 para a reprodução musical, que usava material plástico chamado vinil. Um fato bem interessante eram suas comercializações, ou seja, suas lojas. Bons tempos que passávamos em busca daquela música ou artista e deliciávamos com suas capas e principalmente com sua sonoridade gostosa com leve ruído.

O disco de vinil surgiu no ano de 1948, tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações - RPM (rotações por minuto), que até então eram utilizados. Os discos de vinil são mais leves, maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio (que deve ser feito sempre pelas bordas). Mas são melhores, principalmente, pela reprodução de um número maior de músicas - diferentemente dos discos antigos de 78 RPM - (ao invés de uma canção por face do disco), e, finalmente, pela sua excelência na qualidade sonora, além, é lógico, do atrativo de arte nas capas de fora.

A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos compact discs (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do século XX. No Brasil, artistas que pertencem a grandes gravadoras, gravaram suas músicas em LP até 1997, e aos poucos, o bom e velho vinil saía das prateleiras do varejo fonográfico.

Atualmente muitos sebos em diversas cidades do país nos complementam com suas raridades, sendo as lojas de vinil cada vez mais rara de se encontrar devido a modernização que é proposta a indústria fonográfica e principalmente a nós "consumidores de poesias audíveis". O Vinil possui diversas características e formatos diferentes, a seguir alguns deles:

LP: abreviatura do inglês Long Play (conhecido na indústria como, Twelve inches- ou, "12 polegadas" (em português). Disco com 31 cm de diâmetro que era tocado a 33 1/3 rotações por minuto. A sua capacidade normal era de cerca de 20 minutos por lado. O formato LP era utilizado para a comercialização de álbuns completos. Nota-se a diferença entre as primeiras gerações dos LP que foram gravadas a 78 RPM (rotações por minuto).

EP: abreviatura do inglês Extended Play. Disco com 17 cm de diâmetro e que era tocado, normalmente, a 45 RPM. A sua capacidade normal era de cerca de 8 minutos por lado. O EP normalmente continha em torno de quatro faixas.

Single ou compacto simples: abreviatura do inglês Single Play (também conhecido como, seven inches- ou, "7 polegadas" (em português); ou como compacto simples. Disco com 17 cm de diâmetro, tocado a 45 RPM (no Brasil, a 33 1/3 RPM). A sua capacidade normal rondava os 4 minutos por lado. O single era geralmente empregado para a difusão das músicas de trabalho de um álbum completo a ser posteriormente lançado.

Máxi: abreviatura do inglês Maxi Single. Disco com 31 cm de diâmetro e que era tocado a 45 RPM. A sua capacidade era de cerca de 12 minutos por lado.
Hoje alguns artistas ressuscitam o carinhoso "Bolachão" em seus trabalhos fonográficos, sendo considerado algo cult. Seria esse o ressurgimento das velhas lojas de vinil que estávamos habituados no passado? Que assim seja...

Aldiéres Silva