Lembranças
Máquinas Fotográficas dos anos 80
Você lembra do tempo que tirar fotos era sinônimo de comprar rolos de filmes de 12, 24 ou 36 poses? Pior era esperar a revelação para ver se a foto tinha ficado boa. Esse drama acabou quando as máquinas digitais se tornaram mais baratas e populares.


A fotografia chegou ao Brasil por volta de 1900, quando uma biografia sobre o fotógrafo Florence foi publicada na Revista do Museu Paulista e fazia referência a duas fotos encontradas intactas dentro de um livro: uma,da cadeia de Campinas que na época de chamava vila de São Carlos, e outra do busto de Lafayette. As fotos foram obtidas em placas de vidro através de uma câmera escura antes de 1839.

Em 1871 o médico inglês Richard Leach Maddox inventou a primeira chapa manipulável, usando gelatina para manter imóvel o brometo de prata. Dois anos mais tarde a emulsão gelatinosa já era comercializada em caixas prontas para serem usadas. Não havia mais a necessidade de untar as placas antes das exposições, facilitando sensivelmente o manuseio das chapas.

Em 1982 a marca Sony lançou a primeira câmara digital, de nome engraçado “Mavica”, que produzia imagem de qualidade duvidosa e, para piorar, em P&B. Mas a tecnologia digital data desde 1970, não com as câmaras em si, mas com os escaner e a digitalização das fotos analógicas. A grande dificuldade nessa época ainda era a qualidade duvidosa do sistema e o custo alto de implantação e impressão.

Em 1884 George Eastman patenteava o primeiro filme fotográfico guardado em rolo, fundava sua fábrica Eastman Dry Plate Company (Companhia Eastman de Chapas Secas), e se associava a William Walker, um fabricante de máquinas fotográficas ou da guerre o tipos.


Eastman ambicionava elaborar um sistema no qual a pessoa só precisasse tirar a foto. Em 1886 Eastman lança a Kodak, uma máquina fotográfica de tamanho reduzido, onde o fotógrafo apenas fazia o disparo. A máquina continha as chapas secas em seu interior,e após cem exposições era enviada à fábrica, e devolvida para o dono com as cem cópias e recarregada novamente com as chapas secas. A máquina era comercializada por US$ 25 e tinha como slogan “Você aperta o botão nós fazemos o resto”.

A fotografia então se popularizou como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um discurso de marketing onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotógrafos profissionais com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis criados por George Eastman. Onde a Fuji lançou também seu primeiro modelo de câmera totalmente digital Fuji DS-1P, com memória de 16MB, este modelo não chegou a ser comercializado.

Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.


Os anos 80 é a minha casa. Adoro relembrar produtos, comerciais e marcas dessa época. E quem se recorda da maravilhosa máquina fotográfica descartável Love? A peça publicitária tinha um forte apelo comercial quando apresentava textualmente que a máquina custava menos que um filme da Kodak. Totalmente automática. É a única câmara do mundo capaz de fazer fotos nítidas de 30 cm até o infinito. Equipada com objetiva especial e lente que copia a curvatura do olho humano. O duro era levar a máquina para a revelação e nunca mais vê-la.

Já a série Olympus AFL rápido flash de 35 milímetros câmeras compactas foram algumas das primeiras câmeras de autofoco produzidos em massa fabricados pela Olympus e eram tão avançadas para o seu tempo que eles estavam com preços quase tão altamente como SLRs.

A AFL original (1984) teve um 38 milímetros f / 2,8 (4 elementos em 3 grupos) e um built-in flash que recarregada em apenas 1,5 segundos. Ele foi apelidado de "Picasso" no Japão e foi uma das primeiras câmeras de usar uma bateria de lítio não substituível.

Karol Ayosa