Notorious

New Order - Republic

O show do Peter Hook (ex-baixista do New Order) está chegando, por isso dessa vez, vamos comentar um álbum um pouquinho após a virada da década, pois no show Hook apresentará as músicas dos álbuns Technique e este que comentaremos agora, Republic.

 
FICHA

"New Order - Republic"
Data de Lançamento:
1993
Faixas: 11 faixas
Duração: 48 minutos aprox.
Estilo: Synthpop, Indie Rock

Faixa a Faixa:

Lado A
01. Regret 4:08
02. World 4:43
03. Ruined 4:22
04. Spooky 4:43
05. Everyone Everywhere 4:24

Lado B
01. Young Offender 4:48
02. Liar 4:21
03. Chemical 4:10
04. Times Change 3:23
05. Special 3:52
06. Change Your Mind 4:51
07. Avalanche 3:14


Produtor - New Order, Stephen Hague
Capa - Peter Saville

Gravadora: London Records

 

Com a crise que sua antiga gravadora Factory passava, o New Order mudou-se para Londres e lançou, pela London Records, o álbum “Republic”: sexto da carreira e o primeiro em quatro anos, marcando a primeira vez que a banda trabalhou com um produtor, Stephen Hague.

Primeiro álbum lançado após o fim da Factory Records e o último deles por oito anos até o lançamento de Get Ready em 2001, alcançou o número 1 no Reino Unido e o número 11 nos EUA.

A gravadora Factory estava em apuros e “Republic” estava sendo feito para aliviar a situação, mas havia tensão entre os membros da banda, o tempo todo... Tanto é que surgiram os projetos solo dos integrantes: a banda de Peter Hook: Revenge, o projeto do vocalista Bernard Sumner com Johnny Marr (Smiths) chamado Electronic e Stephen Morris com Gillian Gilbert, a dupla: The Other Two.

Criações melódicas como “Ruined in a Day” (que soa mais lenta, mas com influências do Trip Hop escondidas atrás de lindos teclados e violão, contando com o vocal de Bernard cansado do mundo...), composições brandas como “Liar”, assim como as mais próximas das pistas, mais dançantes: “Spooky” e “Chemical” (uma bagunça techno, contendo uma linha de baixo completamente fora de lugar de Peter Hook, tornando-a curiosa) e não esquecendo: as mais sombrias, como no “rap” de Sumner em "Times Change" e em “Avalanche” que nos fecha com uma sensação assustadora de conclusão, os únicos vocais são breves momentos de Gillian Gilbert...

“Regret” conduzida por violões, ajuda a superar os tempos difíceis, seus coros descrevem perfeitamente a sensação de isolamento e o anseio pela conexão humana... marcando uma geração jovem inteira em busca de novos sons para se identificar, a cena alternativa estava latente e procurava novas referências...

"World (The Price of Love)" é mais pesada no teclado do que os primeiros trabalhos, mas não depende das batidas de dança de 'Technique'... É listada somente como "World" no álbum... o subtítulo "The Price of Love" foi adicionado quando do lançamento do single, marcando como é repetido durante o refrão.

Já a capa refere-se a duas imagens presentes da época. Por um lado, a figura publicitária que era facilmente vendida: o salva-vidas na praia; e, o que se opõe a ele: incêndios que foram frequentes e intencionalmente provocados em algumas ocasiões. Nessas duas esferas tão antagônicas entre si, o New Order buscou reação e um novo registro que foi usado para fazer história! Referência também ao álbum anterior Technique, álbum que o New Order preparou estudando a cena e as baladas do verão de Ibiza com algumas das mais belas praias da Europa.

Sábado é dia de curtir tudo isso na pista mais concorrida da noite de São Paulo, lembrando que o Autobahn conseguiu mais ingressos para sortear para o show do Peter Hook. Nos vemos no sábado nessa pista maravilhosa que nos leva numa viagem no tempo, de volta aos melhores anos da nossa adolescência.

Damaris Camargo Aranha