Media  |
Fale  |

Novelas
Que Rei Sou Eu?

Reino de Avilan ou Brasil? Difícil mesmo era encontrar uma diferença
entre os dois países!!!!!!

“Que Rei Sou Eu” aproveitou o clima de agitação que antecedia as primeiras eleições diretas no Brasil depois de 30 anos, para destacar várias críticas sociais e mostrar de forma debochada a realidade do país.

A novela do saudoso Cassiano Gabus Mendes foi exibida de fevereiro a setembro de 1989 e teve a direção de Jorge Fernando. A dupla conseguiu alavancar a audiência do horário das 7 horas para incríveis 61 pontos.

A história se passa em Avilan, um país fictício da França, no ano de 1786. O reino era governado pela Rainha Valentine (Tereza Rachel), uma rainha sem nenhuma experiência cercada por conselheiros reais que não passavam de corruptos e também era influenciada por Ravengar (Antonio Abujamra), o bruxo do reino. Nada funcionava naquele país, nem mesmo a guilhotina, importada da Alemanha a peso de ouro, que só não falhava nos testes. O povo vivia na miséria, existia uma instabilidade econômica e a moeda mudava de nome constantemente, tal qual no Brasil!!!! Muitos fatos e escândalos que ocorreram na época, eram
satirizados na novela, daí o sucesso quase imediato.

FICHA

"Que Rei Sou Eu"
Fevereiro de 1989 a Setembro de 1989
185 Capítulos, 50 min.

Elenco:

Edson Celulari - Jean Pierre
Tereza Rachel - Rainha Valentine
Antônio Abujamra - Ravengar
Tato Gabus Mendes - Pichot
Giulia Gam - Aline
Natália do Vale - Suzanne

Criadores: Cassiano Gabus Mendes
Direção:
Jorge Fernando
Emissora:
Rede Globo
Tema de Abertura: "Rap do Rei", Luni

O elenco também era de primeira, um misto de atores consagrados e jovens talentos, vamos recordar alguns:

Jean Pierre (Edson Celulari) era o filho bastardo do Rei que herdaria o trono, o herói da história luta pelo poder para enfim acabar com a desonestidade e pacificar o país. O galã se divide entre o amor de duas mulheres, a jovem Aline (Giulia Gam) ,uma serviçal do palácio e Suzanne (Natália do Vale), a esposa do conselheiro Vanolli Berval.

Madeleine Bouchet (Marieta Severo), a única mulher do reino que sabia ler, tinha ideais feministas e era casada com Bergeron (Daniel Filho), o único conselheiro honesto da corte, os dois sofriam com o assédio,
ela do bruxo Ravengar e ele da Rainha Valentine.

Corcoran (Stênio Garcia) era o bobo da corte, mas na verdade era um
rebelde infiltrado no palácio para levar informações a Jean Pierre.
Pichot (Tato Gabus) era um mendigo, que foi coroado se passando pelo
filho bastardo do rei de acordo com uma armação feita por Ravengar.

Os conselheiros inescrupulosos da Rainha eram ; Gaston Marny (Oswaldo Loureiro), o conselheiro das Armas; Bidet Lambert (John Herbert), conselheiro dos Mares num país que não faz fronteira com mar algum; Bergeron Bouchet (Daniel Filho), conselheiro da Moeda; Vanoli Berval, conselheiro do Rei; Crespy Aubriet (Carlos Augusto Strazzer), conselheiro do Trabalho e Gerard Laugier (Laerte Morrone), conselheiro da Alimentação.

A novela faz uma alusão aos “três mosqueteiros” de Alexandre Dumas, com Jean Pierre cercado por seus três fiéis escudeiros, Bertrand (Paulo Cesar Grande), Pimpim (Marcos Breda) e Corcoram.
Foi a primeira novela de Vera Holtz, seu papel foi Fanny, a auxiliar fiel e apaixonada pelo bruxo Ravengar.

Um dos pontos fortes da novela, foi a participação especialíssima de Dercy Gonçalves, fazendo o papel da Baronesa Lenilda Eknésia, a mãe desbocada da Rainha Valentine.

A novela teve também outras participações especiais como Luis Gustavo que fez Charles Miller apresentando o futebol aos conselheiros da corte e Chico Anísio como Taj Nahal um especulador estrangeiro, entre outros.

Dois terços das músicas que compunham a trilha sonora nacional foram gravadas especialmente para a novela e a trilha internacional traz grandes sucessos da época de famosos como Noel, Bangles, Taylor Dayne, Carly Simon e Guns N’Roses.

O folhetim de capa e espada deixou saudades pela forma cômica que retratava a realidade, porem não melhorou nossa visão política, mesmo porque, no mesmo ano elegemos Fernando Collor como Presidente da República!

Até a próxima!!!

Ivana Fevereiro