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Classix Nouveaux – Guilty

 


Lançado em 1981 pela EMI, "Guilty" é considerado o marco do sucesso da banda. Foi seu lançamento que trouxe notoriedade internacional aos excêntricos ingleses. Single promocional do primeiro álbum de Classix Nouveaux, o Night People, "Guilty" cumpriu muito bem seu papel e trouxe o álbum a tona, rendendo boa posição nas paradas.

Figurou entre as 50 mais tocadas das paradas britânicas, onde permaneceu por 7 semanas chegando a alcançar a 43ª posição. O single trouxe à banda a oportunidade de realizar shows nos EUA mas embora tenham feito relativo sucesso no país, infelizmente não teve classificação significativa nas paradas americanas. Por outro lado, alcançou boas posições em diversos outros países, como Iugoslávia, Polônia, Finlândia, Portugal, Bolívia e Brasil. Embora não muito representativos e influentes no cenário musical mundial são consumidores de boa musica (salvo exceções como nós, o Brasil nem tanto, rs).


FICHA

"Classix Nouveaux – Guilty "
Data de Lançamento:
1980
Estilo: Synthpop

Lado A
01. Guilty (Long Version) - 4:40

Lado B
01. Guilty (Short Version) - 3:11


Impresso por:
Capitol Records Pressing Plant, Jacksonville
Fonografia Copyright: Liberty/United Artists Records Ltd.
Engenheiro: Rob Arenstein
Engenheiros Assistentes: Alan Jacoby, Phil Bodger
Produtor: Mik Sweeney
Escrito e Produzido por: Sal Solo




Gravadora - Liberty

O sucesso nesses países foi realmente significativo e rendeu shows principalmente na então Iugoslávia e na Finlândia. No Brasil, foi muito executado até mesmo em rádios como Jovem Pan. Na época a rádio era referência e tinha um repertório excelente. Inclusive, graças ao single, Classix Nouveaux fez parte de mais de uma das famosas coleções das mais tocadas da Jovem Pan.Mesmo sofrendo pressão das gravadoras (realidade vivida até hoje) as rádios nacionais não puderam resistir aos pedidos dos ouvintes.

Além das rádios, o clipe foi muito veiculado do na MTV, o que contribuiu razoavelmente com a promoção do single nos EUA. Fato polêmico relacionado ao clipe de "Guilty" foi o clipe da versão de "Bette Davis Eyes" de Kim Carnes. Lançados no mesmo ano, ambos faziam parte da EMI. Carnes gostou tanto do clipe dos ingleses que decidiu que queria o mesmo para seu novo sucesso. A EMI decidiu então contratar o diretor do clipe de "Guilty" para dirigir o clipe da americana copiando o que havia feito para Classix Nouveaux. Absurdo ou não, a cópia foi feita descaradamente. O próprio Sal Solo (vocalista de Classix) tem conhecimento do fato e confirmou a história em uma entrevista. O Clipe de Carnes fez tanto sucesso que provavelmente muitos acreditam ter acontecido o oposto: o Classix copiou a cantora. "Guilty" seria exibido no Top Of The Pops, mas a exibição do programa foi cancelada por algumas semanas por problemas técnicos.



Lançado em 7" e 12", a primeira conta com "Guilty" no lado A e "Night People" (lançada posteriormente como faixa bônus da versão em CD do álbum homônimo) no lado B. Já a 12" foi lançada em 2 versões, a britânica e a americana. A britânica conta com a versão longa de "Guilty" no lado A e a "The Robots Dance" no lado B. Essa última é excelente!! Com uma pegada mais dark, a guitarra tem uma levada que me faz pensar em Sisters e FieldsofNephilim. Por isso, acho que gosto mais ainda desta do que de "Guilty", hehehe! A versão longa de "Guilty" é muito boa e notamos a diferença na introdução.

Já a americana conta também com a versão longa de "Guilty" no lado A e a original no lado B.


Nem preciso dizer que a minha preferida é a 12" britânica. Gosto sempre de ressaltar a importância das versões 12", pois estas facilitam as viradas e outros truques dos DJs que tanto gostamos e que fazem a diferença nas pistas. Além de muito mais agradáveis aos ouvidos, embora muitos discordem, rs.

Como cada tipo de público (de cada país ou região) exige um apelo diferente, há sempre a necessidade de lançar diversas combinações para um mesmo single.

Ponto de partida para a notoriedade da banda, a classificou como uma das pioneiras do New Romantic, embora não se considerassem como tal, exceto, talvez, pela estética de suas roupas e maquiagens.


 

Natascha Coelho