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Joy Division - Atmosphere

 

Lançado pela primeira vez em outubro de 1980, “Atmosphere” foi um dos primeiros singles da banda, mas não fez parte de nenhum dos dois álbuns. Apenas alguns anos mais tarde, em 1988, foi incluído na coletânea Substance. A capa foi criada pelo mestre Peter Saville, ilustrador de capas de praticamente todos os discos do New Order, além de milhares de outras bandas da época. Além disso, a obra teve seu clipe produzido por Anton Corbijn.


Lançado em 7” e 12” polegadas, ambas contam com “Atmosphere” no lado A e “She’s Lost Control” no lado B. Mas a versão americana teve sua ordem invertida. Provavelmente acharam que “She’s Lost Control” seria mais apelativa no país, se encaixando melhor no gosto americano. No ano de seu primeiro lançamento, foi publicada na França uma versão com o título alemão “Licht Und Blindheit”.


Infelizmente não entrou nas principais paradas na época. Mas no ano do lançamento de Substance figurou nas paradas britânicas, onde permaneceu por 5 semanas, chegando a alcançar a 34ª posição.
FICHA

Joy Division - Atmosphere
Data de Lançamento:
1980
Estilo: Indie Rock

Lado A
01. Atmosphere - 4:05

Lado B
01. She's Lost Control- 4:41

Produção: Martin Hannett
Gravadora - Factory Records


Produzida pelo mestre Martin Hannett, está no topo da minha lista de favoritas (logo depois de “Decades”). A bateria de Morris é o instrumento que mais se destaca e traz peso, é o traço mais marcante. A melodia, como sempre, se encaixa perfeitamente com o clima da letra, que como todas de Joy (embora um tanto depressiva) é bem profunda e reflete bastante a personalidade do cantor. É até irônico pensar que essa ligação entre a situação vivida por Curtis e suas letras não era algo tão óbvio na época. Muito pelo contrário, as pessoas próximas a ele se revelaram surpresas depois de sua morte, pois sempre pareceu uma pessoa alegre e bem-humorada.

Às vezes quanto mais talentoso e brilhante é o artista ou a banda, mais problemático e conturbado, infelizmente. Parece difícil encontrar o equilíbrio entre a emoção e a razão, como se a arte precisasse de um pouco de insensatez.
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Natascha Coelho