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Kraftwerk ‎– Showroom Dummies

 


Um dos singles promocionais do sexto álbum de Kraftwerk, o Trans-Europe Express, "Showroom Dummies" foi lançado em 1977 efoio primeiro single do grupo a ter versão em francês.

FICHA

Kraftwerk ‎– Showroom Dummies
Data de Lançamento:
1977
Estilo: Synthpop

Lado A
01. Showroom Dummies - 2:44
02. Spacelab - 3:41

Lado B
01. Europe Endless - 9:48



Publicação:
Famous Chappell Ltd.
Impresso por:
Garrod & Lofthouse
Eletrônicos:
Florian Schneider, Ralf Hutter
Percussão Eletrônica:
Karl Bartos, Wolfgang Flur
Produtores:
Schneider, Kraftwerk e R. Hütter
Voz:
Florian Schneider, Ralf Hutter
Escrito por:
F. Schneider, Bartose R. Hütter
Gravadora - Capitol Records

Tudo começou quando Maxime Schmitt, principal responsável pelo marketing da banda na França (além de produtor e gerente da Capitol), os convenceu de que gravar uma das faixas do álbum em francês seria uma boa ideia para cativar e conquistar de fatoos fãs franceses.


E decidiram que a faixa seria justamente "Showroom Dummies". Lançaram então, na França, a versão em inglês do álbum com "Les Mannequins" no lugar de "Showroom Dummies". A sugestão realmente não poderia ter sido melhor.

A novidade fez sucesso e a partir daí as versões em francês se tornaram mais comuns.

Mas mesmo com toda a criatividade e inovação, o single não ganhou merecido sucesso na época de seu lançamento. Foi apenas em 1982, quando foi relançado pela EMI (a gravadora já havia incorporado a Capitol), que entrou nas paradas britânicas, onde permaneceu por 5 semanas, alcançando a 25ª posição.


O single foi lançado em 7" e 12", ambos contendo "Showroom Dummies" no lado A e "Europe Endless" no lado B. "Les Mannequins" foi lançado na França apenas em 7" e contava com "The Hall of Mirrors" no lado B.

Como sempre, não só a melodia mas também a letra é excelente. Bem atual, fala sobre o como ficamos expostos o tempo todo e como nossas atitudes são controladas pelas opiniões do outro.


O quanto nos preocupamos em superar as expectativas alheias, deixando de lado nossas próprias. Todos os nosso movimentos e atitudes são controlados e observados o tempo todo, até mesmo nas horas de lazer, reforçando a ideia de que cada passo do individuo deve ser resultado do que a sociedade impõe como ideal. E aquele que ousa fazer diferente causa o choque.

Kraftwerk representa o começo real de tudo, mas ainda assim é atemporal. Pois situações como essa ainda são vividas nos dias de hoje. Cada vez mais as pessoas perdem sua individualidade pelo coletivo e o público e o privado se misturam, ocultando quase que por completo a linha cada vez mais tênue entre os dois conceitos.

E é por isso que o "título" que damos de "pais de tudo e de todos" (rs) é cada vez mais merecido!

Natascha Coelho