Lançado em 1985, “Oh Yeah” foi produzido pelo grupo suíço Yello. A contribuição dos suíços para a música é incontestável! Conhecidos por Usar e abusar de vários efeitos de som, popularizaram o uso de sample. É claro que sample já era amplamente utilizado, mas o público em geral não conhecia muito bem o conceito desse e de outros recursos, e como a banda usava massivamente acabou se tornado familiar aos ouvidos do público.

Lançado em 7” e 12”, o primeiro conta com “Oh Yeah” em ambos lados, sendo a do lado B, a “Oh Yeah (Indian Summer Music)”, uma versão mais recheada ainda de efeitos. Já a 12” conta com uma versão longa no lado A e no lado B as duas do 7”. Todas são ótimas, afinal a mistura de recursos que Yello utiliza traz resultados bem inusitados.

FICHA

Yello - Oh Yeah Data de Lançamento: 1985 Estilo: Electro/Synthpop Lado A 01. Oh Yeah (Dance Mix) - 6:25 Lado B 01. La Habanera - 5:10 02. Oh Yeah (Indian Summer Version) - 5:30 Produção: Yello Gravadora - Mercury

Mas foi em 1986 que a música se tornou tão conhecida e simbólica, e o responsável por isso foi o então mais novo filme de John Hughes, Curtindo a Vida Adoidado. Quem não se lembra do reitor Rooney ao ouvir essa música? Principalmente da cena final em que ele vai embora, todo rasgado, no ônibus escolar? Entre várias outras cenas em que “Oh Yeah” é executada, aquela em que vemos pela primeira vez a Ferrari do pai de Cameron também é bem marcante. O fato é que essa música não poderia se encaixar melhor neste filme, a combinação é simplesmente perfeita! Hughes sabia mesmo o que fazia! Embora não tenha sido o único filme a ter o single na trilha sonora (e ainda hoje é muito usado), com certeza foi o mais marcante!

No ano de lançamento do filme, o single entrou nas paradas das mais tocadas nas pistas da Billboard, onde permaneceu 5 semanas e alcançou o 35º lugar. No ano seguinte ficou entre as 100 mais da Billboard atingindo o 51º lugar.

Acho que a música e o filme combinam muito bem, principalmente porque ambos refletem bem o que estava em alta na época. Essa ideia de se utilizar de tantos efeitos sonoros estava um tanto na moda e o grupo trouxe mais notoriedade ainda para esse acontecimento. Enquanto isso, o filme mostra essa tendência principalmente nas cenas em que vemos Ferris criando efeitos de voz para fingir que está doente. Essa coisa de ter aparelhos de som supermodernos e com opção de samples e afins era febre na época. “Oh Yeah” marcou uma época em que aparelhos de som sofisticados faziam parte dos sonhos de quase todo adolescente. Hoje, em uma era em que a facilidade e rapidez de desenvolvimento tecnológico imperam, não há mais espaço para isso.